27 de mai. de 2012

Revolta...

Enquanto caminho pelas ruas vejo que as coisas não são mais como eram antigamente, nos disseram que somos iguais, mas o que fizemos com essa tal igualdade? Onde está o respeito para com o próximo, não vejo nada além de desrespeito, indiferença, violência, abusos e discriminações. Nossos pais, no passado pensavam no mundo que deixariam para os filhos, talvez tivessem pensado o contrário que filhos deixariam para este mundo, esta alternativa seria muito melhor, tendo em vista que a juventude de hoje assiste inerte e passiva a todos os fatos, sua única bandeira é a da LIBERDADE, mas pra que essa liberdade? Para beberem e se drogarem todos os dias, e no fim da história culparem os familiares por ausência e carência afetiva, é no minimo absurdo e inaceitável esse discurso e isso me irrita, não há mais dialogo nas casas, é cada um por si, solto a própria sorte na loucura da vida, como se fossem cães abandonados pelas ruas a espera de uma resposta, de uma saída, ou quem sabe de um milagre? Que nunca vem! Porque só sabem esperar, afinal tem tudo na mão, esqueceram do que Vandré dizia que “esperar não é saber”, se tornando ignorantes de si próprios, por não saberem o que são ideais, o que é luta, quando muito algo muito deturpado e diferente daquilo que aprendi nas aulas de filosofia e sociologia do segundo grau... “Ter um principio (sonho) na mente, a fé no coração e trabalhar para que isso aconteça”.
Em meio ao povo, não se enxerga mais o brilho da esperança nos olhos, de dias melhores, só se vê cansaço, desatino, rotina, correria por todos os lados, meio que sem rumo, se perdem nos caminhos, todos parecem estar conformados, talvez sem perspectiva, é quando me pergunto: onde estariam os sonhos dessa multidão? Perdidos em algum canto do subconsciente? Só querem saber de sair correndo de seus trabalhos, chegar em casa, cuidar dos filhos, se alimentar e em frente da televisão sentar, assistir as noticias do dia, assistir a novela (que fantasiosamente diz reproduzir a realidade, a menos que seja de acordo com a visão da elite brasileira), navegar e papear um pouco nas redes sociais e ir dormir para mais uma etapa da jornada estressante do dia a dia. Aí me vem um pensamento que me incomoda... Quando será que essa gente vai acordar, assumir as rédeas de suas vidas, deixar de ser dominado e fazer a história acontecer, feito um estouro da boiada, romper com os laços da escravidão da vida moderna e bradar a vossa independência? Acho um pouco improvável, em tudo parece reinar o silêncio...
E vai se tocando a vida nessa roda viva que não para de girar, ficando os sonhos, as lembranças, as paisagens, os amores, as farras, nos iludindo de pão e circo colorido que insistem em nos servir, mas até quando e porque? Sempre? Jamais! Não aceito, porque creio em um novo tempo que a revolta e a indignação não será só minha e de poucos que pensam como eu, e então poder cantar doces canções, vendo florescer no jardim do futuro as mais belas flores, vivendo a alegria de caminhar de novo, tranquilamente sem lenço e nem documento com um sorriso no rosto e um amor no coração.
E o fim da história? Ah isso não tem a minima importância, o que importa de verdade é que o sol há de brilhar mais uma vez e sua luz será eterna novamente!

2 comentários:

  1. Não é que não tenha importância o fim da história, é que ela não tem fim.
    Liberdade? Quem realmente é livre? E se é livre, o que faz com essa liberdade?
    Até que ponto se pode ser livre em relações de interdependência?
    Carência é uma das amarras, o respeito ao outro é mais uma, mas se o outro também o respeita o nó se desfaz, ou aperta ainda mais, unindo ideais e "modus vivendi". Então ser livre também é prender-se. Prender-se a valores. Morais, espirituais. É livrar-se das amarras de aparência, consumo, desejo desenfreado em possuir, é trocar a amarra por uma de melhor cepa, a do crescimento, da valorização de si, do outro, do país, do espirito. É caminhar pelas ruas sem preocupação outra que receber o beijo do sol no rosto, o carinho da brisa a desmanchar os cabelos (se bem que no meu caso como o cabelo é ruim ele não vai conseguir), e crer em si e na humanidade. Ser livre é amar, e não simplesmente se enfiar numa calça top e ler o semanário que bitola e normaliza opiniões.

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    1. O que eu vou dizer... mais uma fonte de inspiração pra outra produção... sem palavras!

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