Se me perguntarem qual limite entre a
loucura e a lucidez? diria que não sei, talvez fosse um mero
repetidor das teorias psicanaliticas que dizem que é um fio tênue,
fácil de arrebentar, talvez fossemos todos loucos, já que vimos
bestialidades sem medidas feitas por seres ditos normais não é
verdade?
Então pode me dizer que sou louco,
por ter a minha maneira de pensar e de agir, tudo porque um dia a
gente cansa de fazer como querem que façamos, pra que moldes,
conceitos, estruturas e regras? Se tudo isso é corrompido com uma
facilidade impar... estaria eu pregando a anarquia? Não, sob
hipótese alguma! Provavelmente a utopia de ser livre como nos diz
Nietzsche em “Humano demasiado Humano”, ser livre de corpo e
alma, sem dever nada a ninguém! Mas é impossivel (talvez não),
posto que vivemos em grupo chamado em sociedade e não matilha
(apesar de a cada dia ver que o homem é o lobo do homem) e temos os
nossos compromissos para conosco e nossos próximos.
Podem que tal, me chamar de
excêntrico, radical e egoísta assumo, comigo não tem meio termo,
ou é oito ou oitenta, sim e não, quente ou frio, não me atrai o
insosso, o morno, o meio termo, a metade da laranja, gosto do todo,
das paixões ardentes, da arte da conquista, de debater, de assumir
posições, sou o que sou, nada pode me mudar, transformações da
água pro vinho, me desculpe não acredito, é no minimo mentir pra
si mesmo. Creio que as qualidades podem ser aprimoradas, os defeitos
minimizados, mas a nossa essência nunca muda é o fundamento de quem
somos.
É nessa loucura que me mantenho vivo,
são e lúcido! Mas um pouco de tudo, prefiro me definir (se é que
há definição para o meu caso) como um pouco visionário, sonhador,
mistico, ator, enfim, um ser humano como outro qualquer.
É, não tem como não fazer citação a Raul...
ResponderExcluir"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulente, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo" Ficou lugar comun, eu sei, mas é isto... Ou não...