27 de mai. de 2012

Fugas...

É impressionante o que acontece conosco quando estamos imersos nos problemas do cotidiano, ficamos irritados, soltando fumaça e farpas pra todos os lados, tudo o que queremos é um buraco para nos enfiar para ninguém nos encontrar, um tanto pelo orgulho de querer resolver sozinho, outro tanto por um certo receio da crítica.
Mas, fazer o que né somos de carne e osso, dotados de pontos fracos e fortes, neste caso, a fuga, é a nossa maior fraqueza pois nos sentimos impotentes diante das situações conflitantes e o nosso ego diz que somos capazes, criando um conflito ainda maior, que é o problema externo se degladiando com o problema interno, enquanto isso ambos vão aumentando feito bola de neve, até chegar num ponto que não conseguimos enxergar a saida e pensamos em desistir.
Por pensarmos assim, acreditamos que, se sairmos pra balada, mudarmos de emprego, nos afastar da familia dos amigos, possa trazer um pouco de sossego e solução para nossas dificuldades, ao contrario, apenas enganamos a nós mesmos, pois somos iludidos pela satisfação momentânea que essas ações nos trazem, impedindo de visualizar a realidade, e com isso só atraimos mais problemas que são somados a carga pesada que estamos a carregar.
Quando, uma miníma possibilidade de ver a luz no fim do tunel aparece em forma de ajuda, seja de um parente ou de um amigo, logo assumimos a postura defensiva, e levantamos um muro diante de nós, e, nos esquivamos por todos os lados, como defesa começamos a proferir velhas respostas prontas de que o outro lado não sabe como é nossa vida, que é fácil falar quando se está de fora, dentre outros tipos de despautérios que falamos, num esforço inutil e ignorante de se impor, mesmo estando numa situação de fragilidade absoluta em que sentimos é uma vontade imensa de chorar.
Na realidade quem está de fora, pode sim nos auxiliar, pois diferente do que imaginamos quem está neste ponto de vista tem ampla e imparcial visão podendo analisar friamente o contexto, podendo apontar uma solução adequada, ou mesmo apoiando no entendimento da questão e juntos refletindo qual seria a melhor forma de resolver o problema, e, assim celebrando a definitiva solução.
Ficar fugindo do problema não evita o mesmo, por outro lado só atrasa o seu fim.

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