5 de mai. de 2012

Complexa incompreensão...

Às vezes tudo o que queremos é um pouco de silêncio, mesmo em meio a celebração, sorrir para as pessoas a volta, contemplando a mais devastadora solidão, somos tão complexos e a medida que tentamos a busca pelo auto conhecimento e fica tão dificil de compreender, se é possível chegar a alguma conclusão não é mesmo?
Tudo é tão confuso, mas ao mesmo tempo tão simples, em certos momentos parecemos tão autênticos e originais e em outros parecemos ao pequeno filhote de cachorro que a qualquer farra ou estalar de dedos lá estamos nós, buscando a agradar aos outros, mas e nós quem agrada? Sim, é verdade, parece arrogante e mesquinho, mas se não pensarmos na gente, ninguém pensa, podemos estar rodeados de amigos e pessoas que gostam da gente, mas na hora H vale mesmo o ditado “Farinha pouca, meu pirão primeiro, afinal hoje em dia e creio que desde o principio dos mundos não houve ninguém tão altruísta, exceto Cristo que por ser assim pagou com a própria vida, e, assim, hoje em dia nos preocupamos com o próprio interesse, e o próximo, ah fica para a próxima... a fraternidade um argumento tão batido, já me parece mais utópico do que real, tendo em vista que nossos pares não se preocupam de fato com a gente!
É fato que somos prevísiveis, homens e mulheres, dotados de sentimentos, necessitamos de carinho amor, atenção, ouvir o que temos a dizer, antes de debater ou brigar, tentar a conciliação, ir na boa, sem medo de ser feliz, mas a cada dia temos nos demonstrado como montes de trogloditas, nos tratando mal e ganhando assim a inimizade e a animosidade de nossos semelhantes perdendo o melhor da convivência humana, deixando que a ignorância tome conta e a violência faça parte de nosso dia a dia.
Muitas vezes não nos suportamos, temos aquela vontade de parar com tudo, começar de novo, revendo os conceitos, tudo isso porque nos falta algo, que, na maioria das vezes não sabemos o que é e nessa dúvida nos apegamos a qualquer coisa, para ter a satisfação momentânea, depois as sensações voltam tudo outra vez ainda mais intensas, fugindo ao nosso controle. Nos julgamos os tais, mas somos frágeis, descartáveis e substituíveis, como qualquer coisa que possuímos e jogamos fora, por não ter mais utilidade ou valor.
Cansam as cobranças que vemos por aí, discursos batidos e surrados que só mudam os rostos e a forma como são expressos, mera reprodução eu deixo para gravadores e papagaios que cumprem seu papel com louvor, frases feitas nunca tiveram espaço e não devemos admitir, sou a favor da inteligência e do conteudo, afinal já se foi o tempo dos monges copistas da Idade Média.
A loucura que divide espaço com nossa sanidade, a correria do dia a dia e o volume de compromissos que engessam nossas vidas e nos faz distanciar das pessoas que amamos, sentimos falta e no máximo o que nos permitimos é um contato virtual ou telefônico, temos de nos aproximar mais de quem amamos, dedicar um momento exclusivo e aproveitarmos ao máximo essses momentos, cumprir os compromissos mas agregando algo mais de bom às nossas vidas.
É um tanto imcompreensivel e complexo demais as relações que estabelecemos, o vai e vem, o vento que sopra em nossas vidas sem sabermos a razão e que nos deslocamos sabe se lá pra onde, como Djair diria, às vezes pessoas entram ficam um pouco e saem das nossas vidas, para trazer pessoas que terão uma importância sine qua non (putz sempre quis usar essa expressão num texto, será que tá certo?) para nossas vidas e como num ato de teatro aquele personagem se desliga de nossas vidas, triste é verdade, pois quanto mais se somam às nossas fileiras de amigos melhor não é? Eu ao menos penso que sim, mas infelizmente não podemos ir contra os designíos do destino!
Brindo pela possibilidade que temos de nos contrariar, de refletir, de mudar de opinião ou mesmo de ir pela contramão, pois são essas situações que seus fragmentos trazem para compartilhar experiências, podem nos rotular do que quiser, mas só nós sabemos o que sonda nosso coração, o turbilhão intenso de sentimentos que hora apazigua, hora, incomoda e hora explode e nem sempre o equilibrio pode controlar, por isso sorrir histéricamente, chorar desesperadamente, ou se manter neutro é natural, pena que nem todo mundo entende a naturalidade das nossas confusões ficando a interpretação de cada um e assim findamos os ciclos, as estações , as etapas e partimos para outras, pois é o que nos cabe, tentar, tentar até acertar. Enquanto não acertamos aprendemos e somamos em conhecimento, que levaremos de bagagem para toda a vida!

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