30 de nov. de 2012

Guerra sem fim...

Há aproximadamente 65 anos uma guerra foi declarada, Judeus e Muçulmanos se enfrentam na Terra Santa, incontáveis são as mortes nessa guerra cotidiana em que de tempos em tempos há uma trégua negociada pela ONU e Entidades Internacionais ao que é possível entender estar ligado o interesse econômico gerado em torno do turismo religioso, tendo em vista que a região é berço das três maiores religiões do mundo. De um lado Judeus reinvindicam o direito pela Terra Prometida (vide Torá e a Biblia Cristã), do outro Muçulmanos que dizem que o território é deles (desde a invasão pelo Império Otomano). Mas, minha intenção aqui não é discutir sobre de quem é ou não o direito, e, sim refletir um pouco sobre essa guerra sem fim.

Temos então dois pontos de vista antagônicos, revestidos por um pano de fundo étnico-religioso que nos revela uma relação de "mocinho e bandido" que vira e mexe troca-se os personagens se tornando um pouco confusa a compreensão desse enfrentamento que tem às vezes por vilão os Judeus e às vezes os Muçulmanos, em que ambos apresentam suas armas: um na forma de um Estado repressivo e o outro na forma de ações terroristas, e que juntos representam nada mais, nada menos que um autoritarismo hediondo remanescente do nazi-fascismo, em que ambos os povos parecem tentar dizimar um ao outro. Por essa razão, quando vejo as cenas desse combate insano na TV não vejo senão a culpa dos dois lados. Sim! Culpa dos dois lados pois diante desse confronto não morre só quem defende suas bandeiras e ideais, morrem os inocentes que estão em suas casas e não tem qualquer envolvimento com qualquer uma das posições em conflito. Tanto sangue já foi derramado em nome de uma guerra por "direitos que se exigem. 

Até quando vão preferir os campos de batalha para dirimir essas questões? Porque ficar nesse "jogo" em que  se intermedia a paz através das negociações e por trás se financia a guerra e o desenvolvimento da indústria armamentista? Enquanto eu reflito e escrevo aqui, no Oriente Médio jovens morrem, em nome daquilo que tanto Judeus como Muçulmanos dizem que é certo para as faces da mesma moeda. Mas é certo que irmãos se matem? Fica aqui a minha reflexão...

28 de nov. de 2012

Entre coisas e pessoas: filosofando relacionamentos...

Coisas são coisas, pessoas são pessoas, começando a refletir diante dessa visão não há conceber que pessoas são coisificadas (transformadas em objetos) que podem ser possuídos (leia-se ter dono) e que por um tempo tem utilidade, ao passar deste prazo se torna completamente descartável e jogado no lixo do passado, como se nada tivesse acontecido, memórias não ficassem e não fossem o minimo importantes.
 
Ultimamente o ciume exagerado ou a indiferença  fria é  o que pautam os relacionamentos, de um lado a carência excessiva, um amor desesperado, do outro uma independência quase que isolada, mas que em ambas não se nega a necessidade de se estar junto de alguém, porém cada um a seu modo bem característico: um romanceado, quase épico, que sonha com a eternidade, outro fisiológico instintivo que ao ser saciado perde a graça e precisa ir atrás de novas presas para alimentar esse desejo. Óticas distantes e desiguais que se referem ao mesmo sentimento : o amor. Um tanto quanto paradoxal, mas,que se analisarmos entendemos o porque ele em alguns casos provoca sofrimento.
 
Um outro aspecto que vale a pena ser destacado é a preocupação que se apresenta no mito da pessoa certa, da pessoa perfeita, dando a idéia de que se relacionar é como um quebra cabeças, no qual as pessoas são peças que se encaixam, o que não é bem assim. Relacionar-se é antes de qualquer coisa aceitar as diferenças e se tolerar os defeitos, ao mesmo tempo cultivar os sentimentos que mantém um casal unido. Lembrando também das respectivas variáveis: troca, doação (numa perspectiva romântica e de ambos os lados), cumplicidade e sinceridade, os demais como antenção, carinho e etc espera-se que desde o início aconteça. Logo, antes de começar qualquer laço afetivo há muito que se pensar. Pensar? Sim, pensar... porque embora digam que sentimentos acontecem por conta da emoção, há também o viés da razão, que nos faz analisar aquilo que nos chama a atenção no outro (a) e nos leva a decidir pela conquista ou não.
 
Por fim, se não somos coisas e sim seres dotados de vontade e opinião próprias chegamos a conclusão de que ninguém é de ninguém. E, dessa maneira cai por terra o conceito da pessoa certa. Assim como, não há que se correr atrás afinal de contas relacionamentos não são maratonas em que quem vence conquista a pessoa amada. São pessoas que por ação do destino se encontram num dado momento," sem por que , sem pra que e sem ser necessário entender" e o sentimento acontece e o laço é feito. Por essa razão, se alguém te deixou, ou, você deixou alguém, se for pra ficarem juntos espere, não faça exatamente nada o destino se encarregará disso, assim como se não for o mesmo destino colocará uma pessoa especial no lugar deste alguém. Pense nisso!

Reflexões da Sociedade: Religião...

Estamos vivendo em um tempo em que se fala muito em ecumenismo, e, em diálogo interreligioso. Cristãos (Católicos e Protestantes), Judeus, Muçulmanos, Espiritas Kardecistas, Umbandistas, Candombecistas, Agnósticos, Misticos, Budistas (de todas as correntes) e afins tudo junto e misturado. Porém fica a pergunta: Seria isso possível?
 
Ao longo da história vemos claramente a diferença das religiões e a maneira como isso é tratado acentua o preconceito religioso apesar da tolerância que diz que existe. É fato que no Brasil todas essas religiões convivem pacificamente, por outro lado sempre há a piadinha, o tratamento com certa diferença entre outros aspectos que mostra certa ignorância do povo em geral no que diz respeito a este importante ponto no relacionamento em sociedade.
 
No curso da minha vida tive contato (fui praticante) com a maioria das religiões citadas podendo perceber esse "enfrentamento" por assim dizer entre as religiões, nas quais cada uma se diz detentora da verdade. Mas se todas são porque há tantas diferenças entre si e não há a aceitação dos membros de uma religião em um contexto social diferente do seu?
 
Em nenhum momento quero discutir aqui a religiosidade alheia, mas fomentar a reflexão, fazer com que se pense que antes da religião somos humanos e independente da crença individual somos criações de um Ser Supremo, ao qual cada um denomina de acordo com o que acredita! Pois se, se deseja um diálogo interreligioso deve-se partir do principio que somos HUMANOS, independente do credo ou da etnia.
 
Sou otimista, e acredito que isso será possivel quando todos assim como eu participarem um pouco de seu tempo e perceberem que nas respectivas SAGRADAS ESCRITURAS de cada uma das religiões se baseiam em 2 pontos em que todas convergem e é incontestável: A LEI DO RETORNO E O AMOR AO PRÓXIMO. O dia em que cada líder religioso fizer esse exame sincero e se despir do preconceito enraizado por séculos, aí sim teremos o desejado ecumenismo.

26 de nov. de 2012

O segredo...


É impressionante como às vezes deturpamos o sentido da vida, atolados na concepção de que vivê-la é árdua, penosa, um verdadeiro fardo pesado que temos de carregar nas costas. Mas será que é assim mesmo? Será esse o único modo de vivê-la? Prefiro pensar que não e acreditar que existe uma outra alternativa, buscá-la e encontrá-la!
 
Creio que tudo parte de um principio, um motivo. Quer um motivo maior do que viver a vida e contemplá-la em todos os seus aspectos? Pois é existem "N" fórmulas que dizem como temos de fazer para ter uma vida plena: "Carpe diem", "Viva intensamente", "Curtir e ser feliz", "Independência e liberdade", "Curtir e ser feliz". Por que será que as escutamos (sim escutar, porque percebemos o som da palavra, enquanto ouvir significa entender a mensagem e levá-la a termo) e não fazemos acontecer? Talvez porque nos falta alguma coisa: CORAGEM.
 
CORAGEM: "do latim CORATICUM, que vem do coração*", ou seja, para que possamos ter a plenitude que desejamos é bom dar ouvidos a voz que vem de nosso EU e não aquilo que dizem que façamos, além da coragem ACREDITAR, ter FÉ em nós mesmos, pois só assim conseguimos colher aquilo que almejamos. Caso alguém venha nos desestimular é simples... basta mandarmos caminhar uma milha com nossos sapatos**.
 
Não existe futuro se não vivemos o hoje. Hoje sempre será o grande dia de nossas vidas, porque nele acontecem as coisas que serão refletidas no nosso futuro. Por isso é fundamental, aproveitar, admirar, enfrentar e arriscarmos a viver, sem medo, sem desistir, sem nos abandonar. Fazendo valer o "Seja você" acima de qualquer coisa!***
 
Este é o segredo...
 
*extraído do link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coragem
** traduzido da música: "Walk a mile in my shoes (caminhe uma milha em meus sapatos)" de Elvis Presley
*** adaptado de duas poesias de Madre Teresa de Calcutá: "A vida" e "Qual é..."

25 de nov. de 2012

Vivendo e aprendendo...

A vida é um grande barato, o mais profundo, fascinante e inquietante mistério que se desvenda, uma mágica que se anuncia a cada dia. É verdade, pode ser uma grande bobagem, ou, para alguns uma loucura, mas para que possamos dominar os seus segredos, as respostas estão em nós mesmos e por vezes ignoramos essa voz que grita dentro de nós!

Não podemos nos prender por aquilo que nos amargura, nos faz sofrer, nos causa dor! Parar a vida é uma tolice sem medidas, talvez um erro sem reparação (mesmo que os erros signifiquem lições importantes, este não há volta). Cabe-nos enfrentar as armadilhas que a vida nos coloca de peito aberto, sonhando, amando, deixando a emoção fluir e então buscar e descobrir novos sentidos para vivê-la da melhor maneira, pois afinal é como diz a música: " Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz"*, mas, por certa ironia esquecemos disso e nos deixamos afundar numa maré de pessimismo e negatividade, e que por conta dela ficamos cegos e se perde o sentido de viver...

Assim,  vamos vivendo e aprendendo. Depois das lágrimas derramadas, sorrir, do sorriso amarelo ao mais sincero e através dele ir ao encontro da força que nos faz tocar em frente, refletindo e contemplando com admiração e curiosidade tudo o que pode vir a se realizar em nossas vidas, pois por mais desencantos que possam acontecer eles representam uma larga e rica experiência, que, sobre a qual devemos reverenciar a dádiva de estarmos vivos SEMPRE! inclinando nossas reflexões de maneira fervorosa com a finalidade de aprimorar a nossa confiança e sabedoria que levará ao êxito de todas as coisas.
 
* trecho da música "Tocando em frente" de Almir Satter
**Inspirado nas musicas "Tocando em frente" de Almir Satter , "Eu, caçador de mim" de Milton Nascimento e no texto "A missão da música no mundo moderno" de Thomas Mann

22 de nov. de 2012

Hoje, amanhã e depois...

A única certeza que existe é, que hoje já não somos mais aquele alguém que fomos ontem e que seremos amanhã! É a constante evolução, a metamorfose de tentativas que fazemos para nos tornarmos pessoas cada vez melhores, cada vez mais vivas, cada vez mais ativas. Afinal todo homem é arquiteto do próprio destino e acredito que o que ninguém quer é ficar sentado esperando a morte chegar não é mesmo?
 
É preciso mudar! A contradição (leia-se dialética) é o movimento que dá todo sentido a vida, tal e qual a linda borboleta que já foi lagarta e se enclausurou no casulo para poder revelar sua essência de tão rara beleza. Por mais que seja um tabu, temos de nos permitir a transformação, viver sem se importar com a maneira, estar abertos a surpresas. Porque independente de qualquer coisa a nossa história é como um rio que segue em seu curso, seja em águas tranquilas ou turbulentas, as escolhas que sejam boas ou más temos que tomar e assim nos ensina através da idéia que se confronta com a realidade marcando nossa existência.
 
Do contrário o que seria? Algo completamente vazio, sem graça, sem forma. Talvez uma multidão de gente "morta" que vaga por aí  deixando a vida passar à margem e ainda por cima se sentir satisfeito com isso. No mínimo revoltante, é inaceitável ver que o homem se afunda no seu porco e pobre comodismo que valoriza tanto, e ainda diz que é desmotivado. Uma concepção completamente destrutiva e paranóica.
 
Somos personagens de um teatro que não permite ensaios, por essa razão não podemos crer que a vida seja fria e cinzenta, na qual temos de aceitar as suas condições. Diferente dessa visão a vida é quente e colorida, cheia de aromas e sabores que só conheceremos se usarmos nossa criatividade e nos reinventar para que hoje possamos aproveitar a benção que é estar vivo, amanhã fruir a alegria que isso nos dá e depois ter muitas histórias para contar.

20 de nov. de 2012

Consciência Brasileira...

Dos navios negreiros, dos cânticos nos terreiros, dos grilhões das senzalas, do grito de dor da violência sofrida das pancadas às chibatadas, sangue e suor. Tratados como inferiores, cortes inteiras de reis e rainhas, principes e princesas, e, também seus guerreiros tidos como animais, se rebelaram, fugiram, fundaram seus reinos longe de sua terra ancestral. Muitos lutaram, muitos morreram em nome de uma causa: a sua liberdade.

Com as outras etnias, sua história e cultura fundiu, seus cultos, seus sons, sua comida, sua cor. Mulatos, Cafuzos, Mamelucos, nada disso importa somos todos mestiços filhos de um só povo o BRASILEIRO e de uma só raça a HUMANA, no mais o que todo o resto importa? NADA! Somos todos IRMÃOS!
Quiçá um dia todos tenham essa consciência, que não há diferenças que somos iguais, temos a mesma origem e falamos a mesma lingua! Que passemos a não mais enxergar a fronteira invisivel que insiste em nos dividir que se chama PRECONCEITO!
Celebremos pois à memória de tantos brasileiros que fizeram e fazem parte de nossa história. Viva Zumbi e o Quilombo dos Palmares! Viva o Samba! Viva as Bahianas de São Salvador! Viva o Brasil e seu lindo povo mestiço!

16 de nov. de 2012

Diante do espelho...

Eis que o guerreiro ao partir de seu reino renunciou ao votos feitos à armada, se transformando num monge andante que levou de reino em reino os seus ensinamentos, e, buscou com estes povos novos conhecimentos, aprimorando seus conceitos e formulações. Porém, a cada viagem ficava a refletir sobre a vida e suas condições, sentia que algo lhe faltava e lembranças vieram à tona, tempos bons, que, agora acredita não mais voltar. Mas sempre com seu gosto pela contestação não aceita a realidade e vai ao resgate de sua outra parte da sua essência, do seu EU, já que metade das suas dores já haviam sido curadas, seu desejo era curar mais esta.
 
Numa dessas viagens apontou um acampamento cigano e a beira da estrada encontrou com uma bela moça que estava carregando um cesto, num gesto nobre, ofereceu sua garupa a donzela e a levou até lá, ela era a princesa daquele povo e o conhecia de outros tempos, mas ele parecia não recordar de nada, havia se tornado um homem inconstante, superficial, rebelde, irritado e rabugento, muito diferente de quando se encontraram.
 
Ao chegar ao centro da aldeia o chefe do clã o recebeu, mas, não se reconheceram, pois o monge estava transfigurado, sua aparência em nada lembrava o principe guerreiro com quem conviveu um dia, ao se cumprimentarem sentiu uma energia densa vinda do monge e ofereceu sua tenda para que pudessem conversar.
 
Entrando na tenda, o velho homem perguntou o que havia acontecido com o monge, que logo lhe contou toda sua história: as batalhas que lutou, as dores que sofreu, as decepções que o atingira, que o fizeram perder pouco a pouco as caracteristicas que lhe eram tão marcantes, que antes atraia pessoas e hoje as afastava. A linda cigana entrou na tenda e colocou diante dele um espelho dourado que ele mesmo havia dado a ela, pegou suas cartas, serviu um pouco de vinho e lhe disse: O que vês diante do espelho? Ele então respondeu: Metade de um homem! Ela disse: eu não vejo assim... vejo um homem preso aos sofrimentos passados, que esqueceu das alegrias e por isso vive levantando a espada contra si mesmo, deixe disso, mire-se para frente e lance-se ao seu futuro que vejo nas cartas ser glorioso!
 
O monge então tomou o copo de vinho que parecia conter umas ervas que conferia a bebida um sabor muito bom, entorpecido ele olha para o espelho e não vê mais o seu reflexo, mas o seu passado, as coisas boas, as festas, a alegria, as piadas, os risos, a musica, de repente o passado de amargura foi apagado de sua mente, uma voz dizia suave e docemente, deixe no vazio desse copo o seu duro passado, e deixe para seu presente as lembranças doces que essa bebida te trouxe, volte a viver a mágica e a felicidade que é a dádiva de estar vivo!
 
Ele então adormeceu, e a cigana o envolveu em seus braços acolhendo-o, na manhã seguinte ao acordar, como mágica voltou a ser o homem que ela conheceu nas visitas que fez  para ele em seu castelo, em seu semblante estava estampado o otimismo, a simpatia, a vivacidade e a exuberância, e nas mãos havia uma rosa que colocou para adornar os cabelos e o rosto da linda princesa, demonstrando que sua rispidez havia mesmo cessado, assumindo novamente sua sensibilidade, estava bem vestido e perfumado. Ela então o abraçou e o beijou, e juntos foram se encontrar com o chefe do clã.
 
Ao se aproximarem todos sorriram e o velho começou a entoar um canto cigano, logo os musicos se rodearam, acendeu-se uma fogueira e então começava a festa, no centro da roda o casal trocavam olhares, e então o monge se retirou foi a beira da fogueira conversar com o homem, disse-lhe que tinha ainda uma viagem a ser feita, mas que depois dela, voltaria ao clã para se casar e se tornar membro da Aldeia, feliz o velho concordou e lhe desejou uma boa viagem...
 
Voltando ao centro da roda beijou sua amada e se despediu lhe prometendo que voltava para ficar ao seu lado, ela então sorriu lhe deu um lenço com seu perfume para que nunca esquecesse seu cheiro e disse que o esperava para viver ao seu lado a felicidade que tanto sonhava.

13 de nov. de 2012

Entre merdas e risos...

É eis aí uma verdade, às vezes precisamos fazer umas cagadas para liberar o riso. Sim, isso mesmo! Não é atoa que é atribuido o termo "enfezado" a pessoas mau humoradas, dizem que é porque os intestinos não funcionam... porém se é verdade eu não sei, talvez este seja um dos motivos em que "rir é o melhor remédio".

Por falar nisso, deve ser a razão pela qual os franceses tem os melhores e mais famosos perfumes, porque além de não tomarem banho quando querem desejar boa sorte a outra pessoa eles pronunciam um enfático merdè (merda) exalando assim o quanto gostam delas!

Pois é! ainda há o contrário... quando cometemos algum erro desde o mais simples, ao mais grave, ou até mesmo o mais idiota costumamos dizer que fizemos merda, e, quando não nos importamos então: grande merda não é?

Afinal de contas o que é um peido a mais pra quem tá cagado, é comum dizer isso quando o cara tá atolado de problemas (literalmente na merda). É como diz o ditado urubu quando tá com urucubaca o debaixo caga no de cima (isso prevê que pode ficar na merda - dificuldades).

Por isso que no fim das contas eu sigo a filosofia da vaca (essa não podia faltar), sigo sorrindo feliz e contente cagando e andando...

12 de nov. de 2012

Tão dificil dizer adeus...

As lembranças insistem me atormentando tirando o sono, num misto de sentimento de dor e saudade. Porque é tão dificil dizer adeus? Depois de amar, tanta indiferença, arrogância e ofensas sem motivos...

Não irei lutar mais em nome de um sentimento não correspondido, nem como amigo! seguirei em frente. Tenho certeza que as feridas irão cicatrizar, no peito uma angustia me sufoca não queria que fosse assim. Infelizmente, tentei, mas não valorizou.

Fazer o que é a vida pouco a pouco irei esquecê-la, sufocando o lindo sentimento que havia em meu coração e me fez perder a razão. A vida nos ensina a viver, pelo amor ou pela dor, e a que me causou pode ter certeza radicalmente me transformou.

Um dia por dia, deixando as lembranças para trás, até que pelo retrovisor da vida eu não te enxergue mais, devia ter sido tudo diferente. É dificil dizer, mas infelizmente é a hora de fazê-lo adeus meu desamor.

Irei procurar em outros braços o calor, o carinho e o amor que me negou.

10 de nov. de 2012

Quem somos nós?

Num mundo que é pautado pelo "status" e pelo consumismo é difícil buscar qualquer definição para questões relacionadas ao SER, já que o TER parece ter assumido um grau de importância fundamental, ficando complexo e paradoxal já que o tema é fruto de discussão desde os tempos mais remotos, e, que até hoje foge de nossa compreensão.
 
Uma verdade há de ser dita somos universos particulares expostos a uma infinidade de variáveis e conceitos, que, graças a relatividade se transformam em diversas possibilidades. Imersos num oceano de conhecimento e informação que se multiplicam numa fração de tempo. As realidades já não são mais como nos tempos de nossos avós em que as crianças ficavam por dias com os olhos fechados, hoje já nascem sorrindo.
 
Mais fácil seria dizer quem não somos! Agora, neste exato momento não somos mais as pessoas que fomos há dias, meses, anos atrás... Talvez sejamos como as borboletas que de lagarta sofrem a metamorfose até se tornar uma bela espécie deste inseto, ou, quem sabe sejamos como os camaleões que se adaptam as mais adversas realidades que se submetem para fugir de seu predador? Não é possivel saber, talvez as duas alternativas estejam certas pois ao ser humano foram reservadas as suas máscaras.
 
Pois é, diante de tantos avanços, tantas conquistas a humanidade não consegue responder uma simples pergunta: Quem somos nós?

6 de nov. de 2012

O sábio e a sabedoria


Sócrates buscava responder a questão: " O que é a natureza ou realidade última do homem?", formulando a partir dela algumas de suas teorias, dentre as quais temos a do "conhece-te a ti mesmo", cuja qual acredito ser o embrião da formação de um SÁBIO, pois é a partir de nosso auto-conhecimento, das nossas reflexões e auto-críticas é que se começa o processo de formação do individuo. A partir daí se inicia a busca externa por meio do conhecimento que se resume na busca das respostas sobre: "Quem sou eu? Onde estou? Para onde vou?" que podemos relacionar com a máxima socrática "só sei que nada sei e o fato de saber isso me coloca em vantagem sobre aqueles que acreditam que sabem alguma coisa", sinalizando aí os passos que o homem dá rumo as suas descobertas e sua conseqüente evolução.

Por falar em evolução, logo podemos falar da construção da SABEDORIA, que podemos tecer a seguinte analogia: o homem é como um diamante em estado bruto que sofre a ação da lapidação por meio da aquisição do conhecimento, que aliado ao caráter, aos atos e a experiência em conjunto com a humildade, prudência e transparência, sendo coerente e ético, se transforma num belíssimo diamante que adornará um belo colar. Então o processo de se tornar um SÁBIO não é restrito a poucos "escolhidos", mas todos aqueles que desejam sê-lo, tendo como pano de fundo todo o conhecimento disponível ao longo do tempo, bastando apenas se despir dos preconceitos, da arrogância e do comodismo, abrindo a mente e observando o meio para que o desenvolvimento de novas idéias possam acontecer, amadurecendo-as, proporcionando a transformação de si mesmo.

A partir de então faz-se necessário que o sábio utilize da sua sabedoria, dando continuidade no seu processo de transformação. Mas como fazer isso? Pelo reconhecimento de que nada é finito e portanto cabe a ele o exercício de sua sabedoria através da troca de idéias (dinâmica dialética). Pois aquele que julga saber tudo está cego pela ignorância, porque tudo muda constantemente. 

Até aqui vimos que todos podemos desenvolver a sabedoria tornando-se um sábio, há que se fazer uma consideração como tudo é relativo  não há como mensurar a sabedoria de uma pessoa versus outra, lembremos que cada pessoa é o seu próprio universo e que existem diferenças entre um e outro não podendo também haver margem de comparação. Penso que fazer qualquer julgamento a respeito de mensuração ou comparação é pura arrogância e com isso reflete a ignorância e não a sabedoria do individuo, cabe a ele reconhecer que a sua sabedoria não é superior mas complementar a dos demais.
Indo um pouco além, concordo com a afirmação que diz que a sabedoria "é um atributo daquele que enxerga", retomando a importância do conhecimento de si mesmo, assim como do seu próximo, pois o conflito das realidades proporciona a amplitude da visão, a elevação da consciência, levando a sensatez. 
Que nos remete ao contexto do conselheiro que pode atender ao seu mestre como aquele que ainda é aprendiz.

Por fim fica a reflexão: A natureza do homem é ser SÁBIO? E sua ultima realidade seria a SABEDORIA? 

4 de nov. de 2012

Coerência e Ética


No dicionário as palavras coerência e ética são complementares, posto que a primeira vem dizer a respeito da lógica, por assim dizer necessária para tudo o que há, afinal representa uma sequência seja de pensamentos ou atitudes. A segunda por definição é "aquilo que pertence ao caráter". Logo ser coerente, é possuir a ética e como fruto ter um bom caráter.

É por isso que analisando a história da política ao longo dos anos desde os tempos mais remotos não há qualquer registro de atos coerentes e éticos, tendo em vista as alianças que até hoje se faz em nome do poder, aliás Maquiável é quem diz: "os fins justificam os meios", então não há mais o que falar nesse jogo vale tudo.

Aí vemos as defesas da politicagem e dos politiqueiros, todos são honestos, íntegros dotados de uma decência sem igual, mas vivem se atacando. Dizem agir em nome da transparência, da boa moral e dos bons costumes, mas por debaixo dos panos fazem as suas negociatas corruptas que só visam o próprio bem estar. E isso não se aplica somente ao Brasil, mas a todos os países do mundo.

Por falar em Brasil, há uns tempos atrás ainda se via ideologia, mas de uns tempos pra cá a identidade política vem desaparecendo a esquerda com aparência de direita, a direita com aparência de esquerda, o centro mesclando as tendências. A oposição com rabo preso com a situação deixou de ser incisiva, e, a situação se acomodou e nem precisa se defender dos ataques da oposição posto que não há.

E assim, vamos caminhando e cantando e seguindo a canção, mas pra onde? seguir com o atual modelo? buscar uma alternativa? mas qual?