Nas noites chuvosas da cidade grande, ouço a chuva e o barulho me transporta lá pro meio do mato onde sinto o cheiro de terra molhada, lembro de como é bom pisar no barro e na grama e chutar as poças, ô vida boa de interior que faz de dezembro a março verdadeira sinfonia das águas no telhado da casa simples do finado tio Joaquim...
Esse som que lentamente hipnotiza e pouco a pouco leva ao sono, e Morpheu abraça e faz sonhar, sonhar com os banhos de chuva da infância, com os jogos de bola na chuva em que a mãe gritava: menino vá pra casa porque com essa chuva vai gripar...
Na cidade grande todos reclamam: é o trânsito, é a enchente... mas vou dizer, no interior ver a nuvem de chuva se aproximando nos morros é a coisa mais linda de se ver, olhando pela janela ou deitado na rede é puro prazer!
A chuva que nos molha deixe molhar, lavar a alma e levar tudo de ruim que em nós há!
Chove chuva, chove sem parar...
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