10 de jan. de 2013

Rebeldia

Talvez eu não saiba mais definir rebeldia, quem sabe o contexto e o conceito deixaram de ser estritos para ser apenas uma interpretação. Há um certo tempo, ser rebelde era expressar um comportamento contrário àquele que está dentro das normas, ser a excessão a regra, fazer diferente dos outros, ser autêntico e diferente, fugir de parâmetros e padrões. Uma possível expressão máxima seria: Seja você mesmo! Mas como fazer isso se eu nem sei quem sou eu? (risos)
 
Digo isso porque penso que ser rebelde implica ter uma base, um fundamento pelo qual se segue: uma filosofia de vida, uma doutrina religiosa, um pensamento político, um gênero musical, uma opção. tantos ingredientes que parecem não existir na rebeldia de hoje que parece mais com uma questão de estilo: ser agressivo, faltar com o respeito, discordar de tudo e de todos numa espécie de senhores da razão e da verdade...
 
Acredito que a boa rebeldia deixou de existir, pois a partir do momento em que se pensa no que é mais fácil e viável para deixar que a vida flua, passou-se a se permitir que se façam escolhas por nós mesmos, e, com o tempo deixamos de pensar. A opinião pública e generalizada é mais importante do que a opinião própria, assim, se prefere ter uma reputação, do que uma consciência, o tal viver de aparência fica cada vez mais evidente e presente no nosso dia-a-dia.
 
Os heróis, os filósofos, os cantores morreram, e os que não se renderam e então a Ideologia deixou de existir. O que paira são idéias idiotas sobre rebeldia, mas, como sabem dela se estão presos na caverna do egoismo e da violência contra si e contra os outros?
 
Pois é sem causa, sem cabeça, sem rumo... onde vai parar a rebeldia de hoje?

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