Morte...

Se existe uma coisa a qual eu tenho medo é da morte, não só da minha mas de todos aqueles que quero bem, mesmo aqueles que já se foram a ausência e a lembrança causam certa estranheza em mim. Ok, eu sei que existe vida após a morte, mas ao pensar na existência terrena, pela convivência por anos e anos e num dado momento deixar de ter a presença, a voz, o carinho, as brincadeiras, as histórias vividas junto dessas pessoas que se vão é um tanto (muito) doloroso.
 

Lembro-me dos parentes que se foram, dos amigos e filmes passam na mente e a saudade imensa deseja que eles estivessem aqui. Um pouco mórbido é verdade, mas às vezes projeto na mente o carinho da minha Tia Tereza, a risada e a voz grave do meu Tio João, o brilho nos olhos e o sorriso inocente do meu velho Tio-avô Joaquim, da minha Tia-avó Marieta que adorava futebol, os conselhos e broncas do Tio Zeca, a garra da Tia Néia, o vô Masakatsu (que nem meu vô era mas eu o tratava assim) que sempre que vinha em casa deixava seu lado criança fluir e brincava comigo. Quantos exemplos, tantas lições de vida, quantas coisas boas que juntos vivemos e que por conta de terem partido não os tenho mais, somente doces lembranças que jamais se apagam!
 

E então penso o quão boa é a vida por ter me proporcionado estar ao lado dessas pessoas e que certamente um dia nos encontraremos do outro lado.
 

Lágrimas surgem e rolam no rosto, não de tristeza, mas de felicidade dos momentos que tive com essas almas que se foram...