30 de abr. de 2012

Sabores de Minas...

Caramba como a memória é impressionante não é mesmo? E, em se tratando do nosso paladar é como se acionasse um botão que nos levasse imediatamente a outra dimensão, que traz à tona os sabores e aromas marcantes que provamos com o passar dos anos em nossas vidas.
Por falar em provar, comer bem no Brasil com perdão das demais regiões é em Minas Gerais, mais precisamente no Sul/Sudeste que compreendem as cidades de: Andradas, São Pedro de Caldas, Caldas e Poços de Caldas, sou suspeito, mas, fica a dica! E vocês vão saber porque...
Andradas, conta com as uvas e com elas o turismo enogastronomico, em que se pode provar as delicias da tradicional culinaria mineira harmonizadas com os Vinhos das principais e renomadas vinicolas do país: Casa Geraldo, Vinhos Marcon, Vinhos Campino (rótulos regionais que não devem nada as grandes marcas internacionais, que mantém o aspecto artesanal de produção, mesmo em linha industrial), assim como os já consagrados espumantes da Vinicola Piagentini, que recentemente instalou uma linha de produção na região, devido à qualidade das uvas e do solo local, conferindo ainda mais qualidade aos vinhos de sua adega.
São Pedro de Caldas e seus tradicionais biscoitinhos amanteigados, recheados com doce de leite, goiabada, geléia de laranja, os sequilhos e mesmo os biscoitos de polvilho, que na festa de Santa Rita são recheados com carne louca de Pernil e Vinagrete, é um convite à celebração da Santa...
Caldas, as caldas dos seus doces fabricados na Fazenda Engenho, escorrem de meus lábios, Ambrosia, Doce de leite, Cocada cremosa, dentre tantos outros sabores que lá degustei quentinho, (isso sem contar os queijos das mais variadas qualidades) para decidir quais levar, é um toque que os proprietários deram de "doce caseiro" à produção artesanal, mas o sabor, nada tem de artificial, o puro sabor dos tradicionais doces das quitandeiras mineiras dentro de sua casa muito bom.
Em Poços de Caldas, é um capítulo a parte: os pastéis feitos de massa de farinha de milho e polvilho, recheados com carne de porco e queijo meia cura fazem salivar qualquer um, uma delicia rara! As carnes conservadas na banha de porco que com 3 ou 4 meses de conserva acentuam-se os temperos ficando ainda mais gostosas... O café colonial, com o melhor dos bolos e pães, o café torrado na hora invade o cerebro despertando o olfato para o cheiro das maravilhas recem saidas do forno à lenha, das quais recomendo o bolo pau à pique: um bolo feito a base de milho adoçado com rapadura ou melado de cana, assado dentro da folha de bananeira. E por fim, o bom e velho leitão a pururuca da tia Mereta, este infelizmente não se come mais, mas recordo quando ainda viva era o ritual de natal, acompanhavamos todo o processo e aguardavamos ansiosos a volta da mesa de tabua do lado do fogão de lenha para confraternizar esta data ao sabor dessa deliciosa iguaria, com um golinho da "de alambique" pra matar a gordura e evitar o colesterol (crendice mineira) .
Nesses lugares, comi muito bem e aprendi que é em volta da mesa em que tudo acontece, as familias são mais unidas e o amor se faz sempre presentes, pois comparilham juntos os sabores de Minas...

Um comentário:

  1. Hummm me lembra a festa de biscoitos de São Tiago, vizinha a S, João del Rey, onde passei mal de tanto comer biscoitinho de fubá! rsrs

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