6 de dez. de 2012

Um segundo de cem anos...

Dizem as Sagradas Escrituras (as quais Niemeyer por ser ateu convicto desprezava) que mil anos para o Criador é um dia... Para ele o arquiteto a vida toda se resumia num segundo, o mesmo que um sopro. Linhas paralelas que ao menos no mundo das idéias se cruzaram, talvez por acaso, unindo o sagrado e o profano diante de tal famosa e imortal expressão...
Imortal? Sim de fato! Tal e qual os grandes mestres da arte: Michelangelo, Picasso, Dalí, Di Cavalcante, Tarsila, dentre tantos outros, deixou também a sua marca no mundo por meio de seus desenhos e projetos arquitetônicos que exalam um design arrojado e a ousadia que inovaram os conceitos da arquitetura mundial, tendo nos quatro cantos do mundo um ícone de sua passagem por este mundo, deixando a mensagem em concreto que a realização de um sonho é possivel, haja visto Brasilia, o sonho da Capital Federal de JK que ele ajudou a materializar...
Em sua vida e obra, sempre acreditou na igualdade, sendo o seu ideal o Comunismo, em que vislumbrava uma sociedade mais justa e porque não dizer perfeita, buscando traduzir em seus riscos curvilíneos sempre um traço de sua ideologia, haja visto as estátuas nos monumentos do Distrito Federal nas quais não há uma expressão facial definida, e no Memorial da América Latina, cuja a mão representa a força dos povos que aqui vivem, assim como é um grande continente que cabe na palma das mãos, dando a perspectiva da grandiosidade e da importância que a humanidade e sua unidade ocupa, mas que por suas divergências não se dão conta...
Enfim, ele se foi, seu sopro acabou e é isso...

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