10 de dez. de 2012

Morrer ou não morrer eis a questão...

Para alguns falar de morte pode ser um tanto quanto mórbido, remete ao sentimento de perda e a sensação de tristeza que provoca, porém ela é um fato certo e incerto, certo por conta de que é o fim da existência enquanto matéria e incerto porque não sabemos a hora, o lugar e o motivo pelo qual morrerá, ou deixará de existir.

A morte é também não um fim em si, é também uma oportunidade que podemos observar por meio da morte simbólica.

Morrer simbolicamente representa um rito de passagem no qual implica o rompimento com o velho EU (conceitos, atitudes, usos e costumes) para dar lugar ao novo EU, uma nova vida. É um momento em que mergulhamos em nosso interior, e, imersos em nossas reflexões passamos a transmutar (transformar) o nosso intimo, proporcionando a elevação da consciência e permitindo acender a uma nova visão da realidade sobre diversos aspectos. Por essa razão Heidegger assinala que "só o homem autêntico enfrenta a angústia e assume a construção da sua vida", pois tal morte representa um dificil conflito fruto da saída da zona de conforto e o lançar-se a novas possibilidades, que nos leva ao recomeço, uma nova vida. Por isso é comum ouvirmos dizer que nascemos de novo.

Por isso é que concordo com Nietzsche quando diz que "o que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte". Pois, ao superarmos decepções, tristezas, angústias (morrer simbolicamente) estamos aptos a ter uma vida plena e intensa cheia de paz e de alegria.

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