Às vezes me pergunto: quem é quem no contexto da assistência social? Muito se fala em caridade, em ser solidário, em abraçar uma causa, em fazer a nossa parte, slogans e mais slogans em nome de uma demagogia barata são criados e amplamente difundidos mundo a fora através de campanhas publicitárias milíonárias nas quais aparecem artistas e rostos conhecidos da sociedade com o mesmo discurso surrado: "Eu faço minha parte! Faça você a sua!" quando vejo situações como essas , inúmeras interrogações se fazem presentes em minhas reflexões: Será que é tudo isso mesmo? Será que eles fazem? É... quando a esmola é demais o santo desconfia! Ao meu ver tudo isso não passa de uma bela jogada de marketing pessoal com a finalidade de limpar a imagem juntoà sociedade, ou até mesmo cobiçando algum benefício em causa própria.
É verdade que muitas pessoas fazem do trabalho voluntário, como também da assistência social, das doações em espécie e do seu tempo, uma forma de realização, de aprimoramento e de aprendizado, fazendo com amor e dedicação aquilo que nos ensina as Sagradas Escrituras: "Fazei o bem sem olhar a quem"... "Amai ao teu próximo como a ti mesmo", fazem a sua parte longe de qualquer discurso pré concebido e das luzes dos holofotes, ajudando a quem precisa da forma como pode não esperando retorno algum, apenas a satisfação de ver o brilho nos olhos e um sorriso e no peito a sensação de dever cumprido.
Por isso, penso que responsabilidade social não é para as empresas e o terceiro setor que abatem impostos das empresas(PIS, COFINS e etc...), por fazer aquilo que é um DEVER MORAL para com a sociedade, nem do Imposto de Renda para pessoas fisicas, caridade é um ato de doação voluntária, sem ser necessário aparecer, pois o que a "direita faz a esquerda não deve saber", tantas instituições filantrópicas passam por dificuldades financeiras e estruturais , porque ao invés de se fazer PROPAGANDA para inglês ver não se reverte os gastos com ela em recursos e doações para quem precisa?
Assim concordo com o que diz Vinicius de Moraes num de seus sambas: "O homem que diz DOU não dá, porque quem DÁ mesmo não diz." Finalizando com o desejo de que a demagogia disfarçada de solidariedade caia por terra e que cada um se conscientize de seu papel e faça o bem a quem precisa.
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