12 de fev. de 2012

O silêncio

Gosto de ouvir o som do silêncio, isso só se consegue ouvir nas madrugadas, quando uns dormem e outros se divertem, as ruas ficam vazias e podemos pensar um pouco, caminhando, ouvindo o barulho dos passos, sentindo a chuva cair, o vento a soprar e a escuridão noturna a nos envolver.
Prefiro a companhia do silêncio agregada a uma dose de bebida e um charuto aceso, quando posso sentir cada nota do sabor apreciando lentamente cada gole, deixando a bebida envolver meu paladar marcando sua presença em minha boca. Assim, como a cada baforada sinto o blend da composição do charuto sua capa, capote e miolo, a sintonia dos aromas e o sabor defumado que propicia cada fumada, o crepitar da queima, a calma e a paz que bebida e o tabaco nesse momento quase religioso transmitem, é quando coloco meus pensamentos em ordem e entro em sintonia comigo mesmo, tal qual como um mantra que alinha mente, corpo e espirito.
Momentos assim acontecem quando a amiga Insônia bate a porta me convidando a viajar pelo Oceano de pensamentos, sentimentos e planos que tenho e que a rotina não permite colocar todos na ordem do dia, pois quando me tornei adulto pude perceber que tudo tem seu tempo, e nada acontece como a gente planeja, às vezes muda o tempo e temos que ter um plano B, quando a cartada não está boa e um blefe pode não ser a melhor escolha, por isso escolhi viver o que a vida me dá, um dia por dia, captando seus ensinamentos, transformando em práticas, me criando e recriando a cada instante, buscando ser melhor do que fui ontem, e serei ainda melhor amanhã.
Esse é o beneficio de aproveitar de momentos como esse.

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