Não é a dor física que os analgésicos possam resolver, é algo maior e transcendente, aquilo que nos invade a alma, nos aflige e perturba, nos tira do eixo e tudo o queremos é nos isolar deixar tudo de lado e nada mais fazer, deixar consumir tudo o que há de bom em nosso interior, deixando sofrer, raiva e amargor.
Sabemos que nutrir essa negatividade é errado, mas nesses momentos tudo o que possamos tentar fazer para modificar não está ou não dá certo, nos perguntamos o porque e qual a razão de todas as coisas e os pensamentos tomam conta e tudo o que nos resta é pensar e chorar, um tanto pela impotência que aprisiona, outro por querer mudar e lutar mas se sentir caído, prostrado, sem a mínima vontade de sair do lugar, pois levantar parece dificil e pesado.
Temos tudo nas mãos, mas ao mesmo ao temos nada por não dar valor as coisas boas que a vida nos dá, fazendo com que as pessoas que amamos se afastem, não porque deixaram de nos amar, mas porque não suportam ver que mesmo sabendo que estamos errados, não alteramos a rota do nosso destino, assim o que construimos jogamos pro alto sem se importar com os reflexos que isso pode trazer depois e destruímos o que conquistamos ao longo do tempo.
De fato, quando tudo parece ir na contramão de nossas vontades e tudo parece conspirar contra... é bom parar, respirar fundo, erguer a cabeça e enfrentar, assumir nossas verdades, seguindo em frente esquecendo as mágoas e feridas, deixando tudo sepultado no cemitério do passado, ver que os erros, os passos mal dados e as atitudes impensadas, não nos levou a coisa alguma, as posturas que julgávamos serem benéficas na realidade só nos fizeram mal.
Uma verdade que é dura mas faz todo sentido é que tudo se não fizermos pelo amor, certamente faremos pela dor, crescendo, rompendo com os antigos conceitos e formulações, quebrando julgamentos e colocando por terra os preconceitos, buscando o que valha a pena (já que a alma não é pequena) seguindo o curso da vida sorrindo feliz e nos tornando homens e mulheres cada vez melhores.
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