Após a longa jornada que percorreu buscando curar suas feridas e suas dores se refugiando em sua solidão, e, ter ouvido o conselho dos seres míticos e das feras da floresta eis que o nobre guerreiro avista um lugar conhecido, que seu coração sentiu segurança. Era a grande fortaleza do Convento dos Monges da Antiga Tradição.
Chegando nos portões fora recebido com calorosa acolhida por um velho monge que foi seu mestre na infância ensinando-lhe as leituras, as contas, os traços da construção, assim como a arte da espada e da guerra. Agora sua função seria outra assumiria a responsabilidade de ser o conselheiro e confessor, o guerreiro então ao abraçar o velho sábio chorou como chora uma criança de dor.
Recebeu do Convento um aposento com o conforto e as honras de um verdadeiro herói, mas em seu peito a bravura de antes estava abalada, sentia a necessidade de resgatar sua essência para poder forjar como aço as instruções que recebera dos seres sábios outrora.
Então o monge por ver a aguda dor que seu pupilo sofria foi até a biblioteca de onde tirou uma caderneta vermelha que trazia a inscrição em dourado: PAX SAPIENTIA CORATICUM VIRIBUS PURITAS HUMILITATE PRAEGRESSUS VICTOR e foi até o quarto onde o guerreiro estava encerrado em suas dolorosas reflexões.
Ao ver o pequeno livro, o guerreiro volta no tempo relembrando dos guardiões do reino em que foi o general do exército, das feras e dos seres míticos que encontrou em sua caminhada até o convento, e, relendo a capa tudo passou a ter sentido, ele mesmo havia escrito o livro, era seu testamento antes da saida do convento para se tornar um homem e um virtuoso guerreiro.
Foi aí que o monge começou a questionar o guerreiro... O que a vida fez com você? Onde está o meu discipulo que tinha o brilho do fogo em seus olhos? Estou te desconhecendo! E o guerreiro não conseguia responder a nenhuma das perguntas seu queixo apenas tremia e seus olhos vertiam lágrimas, quando o monge disse pare de chorar, esta é sua casa! Como você voltou para ela eu te trarei de volta! E começou a ler o que estava escrito na primeira página do livro.
O livro dizia que para se tornar um guerreiro era fundamental:
- Sempre se recordar de quem se é, acreditando e amando a si próprio acima de qualquer coisa, causa ou pessoa.
- Cultivar a paz interior pois com seu auxilio se encontra o equilibrio e se age com tranqüilidade.
- Receber o conhecimento e ao fazer uso dele alcançar a sabedoria que lhe ensinará sempre a disciplina e a visão que um guerreiro precisa ter.
- Manter aquecida a chama da coragem tendo animo para seguir em frente e força para superar seus adversários.
- Ter pureza de coração, tendo sempre integra a sua essência.
- Humildade para reconhecer seus superiores, reverenciando-os, assim como reconhecer seus erros e buscar repará-los em tempo oportuno.
- Evoluir buscando se adaptar as situações de conflito para que no momento certo consiga enfrentá-las ou mesmo minimizá-las.
- Vitória, que ao seguir todos esses passos será conquistada.
O guerreiro se retirou por uns instantes, foi ao tanque onde se limpou pela primeira vez quando criança, vestiu-se com os trajes do iniciante, pegou seu livro e escreveu: "Eis que o ciclo da vida se cumpre". Pois entendeu que é necessário voltar às raizes, juntar-se aos seus tendo o conforto do amor fraternal por apoio. Foi até o joalheiro do convento e mandou fazer um anel, que chamou de aliança da virtude e com a qual firmou o compromisso diante de seus pares que sempre que mirasse a ela se lembraria do CÓDIGO DA ANTIGA TRADIÇÃO.
E, mais uma vez saiu do convento e voltou como o filho pródigo para o reino de seus pais.
As bases para iniciar qualquer evolução...
ResponderExcluirFicou muito bonito!