17 de ago. de 2012

Pequena crítica sobre a conscientização ...


Sempre nos impuseram uma verdade e depositamos total crença nela, assim, fundamentamos secularmente os nossos valores éticos e morais nessa pedra na qual convictos de sua solidez devotamos nossos sinceros votos de confiança, mas que com o passar do tempo, após analisarmos com base em nossos conceitos chegamos a conclusão de que tudo o que nos foi apregoado ao longo dos anos não era tão verdadeiro e tão belo da forma que pintaram o quadro para nossa contemplação. E que apesar da maioria ter chego a essa mesma percepção, preferem ainda aceitar do que enfrentar o conflito causado pela chocante descoberta. Ou até mesmo observarmos grupos que continuam a acreditar com nítida veemência de que tudo é mesmo verdade e que tudo o que for contrária a ela não passa de pura blasfêmia!

Vemos então de que apesar de absurdo, é fato a manipulação da sociedade como um todo, longe de qualquer intenção tecer aqui uma teoria conspiratória, mas alertar e sinalizar mais uma vez que culturalmente certos eventos (festas populares, torneios esportivos e as novelas) estão conectados entre si com a finalidade de tirar o foco da atenção popular e então "tapar o sol com a peneira", ou fazer por "acabar com tudo em pizza"! Criando esses acontecimentos discussões paralelas vazias, sem qualquer consistência para deixar a grande massa da população à margem das decisões, que acata passivamente as informações transmitidas mídia sem qualquer análise crítica, ficando a mercê dos desígnios de terceiros que exprimem através de seus corolários aquilo que se diz ser da vontade do povo!

É quando se apresenta a questão: quando será que a sociedade vai tomar vergonha na cara e fazer o que deve ser feito, que é se conscientizar da nobreza da importância de seu papel no contexto social e deixar de ser a marionete que faz tudo conforme seu mestre mandar?

Pois só com a sociedade acordada dessa letargia em que ela mesmo se dispôs voluntariamente, é que ela poderá fazer história escrevendo um novo destino, tomando decisões que subverterão a lógica do senhor e do escravo descrita brilhantemente por Karl Marx, que diz que "enquanto houverem escravos haverão senhores", que podemos extender a máxima de Platão que nos ensina que "o preço a pagar pela tua (nossa) não participação na política... é seres (sermos) governados por quem é inferior", daí extraímos a necessidade de tomarmos a frente e assumirmos uma postura e contribuir positivamente com nossos semelhantes, independente de cores e bandeiras e fronteiras, fazendo valer o lema um por todos e todos por um, porque só haverá uma sociedade justa quando o que Abraham Lincoln assinala de que " o governo deve ser constituido do povo, com o povo e para o povo", ou seja em sintonia com os franceses que lutaram por liberdade, igualdade e fraternidade, e que creio que deve ser a tônica de todos os povos que aspiram por um mundo melhor.

Assim, que possamos abrir nossos olhos e transformar nossa realidade, expandindo nossas mentes!

2 comentários:

  1. E se não for para mudar. E se o processo de mudança de conscientização pessoal for parte integrante de um processo macro onde a sociedade deve ficar mergulhada num sistema mestre/escravo, totalmente dualístico, e que não pode ser vendido separadamente? E se o indivíduo deva ficar mergulhado até um dado momento em que ele (mestre ou escravo) passe por alguma experiência que lhe cause reflexão e posteriormente o processe de nova conscientização e só quebrando assim o paradigma?

    ResponderExcluir
  2. Permita-me camarada Rafael Salles. Me atina que a dádiva existencialista apartada de abordagens divinas é mesmo uma óbvia solução, contudo por um ser humano ser distinto em caráter e atitude um do outro, ligeiramente me vem que só mesmo uma padronização de educação se possível fosse sempre avante em degraus de alto nível intelectual poderia não mais segregar gente, fazendo assim que o caldo torna-se mas para a panela de todos como alimento que da consistência dilatando pequenas idéias ao conhecimento maduro e de amplificação constante, e não sintetizado e medíocre, todavia um belo ou horrendo quadro dependendo da formação irregular oferecida e da compreensão distorcida que cada indivíduo tem por natural faculdade intelectual isso me parece utópico.
    Seus textos como sempre admiráveis e mais do que isso importantes dentro de uma sociedade carecida de um estopim para como você mesmo pautou igualdade, fraternidade para um mundo melhor!

    ResponderExcluir