19 de jan. de 2011

A sociedade: Meu interesse e minha inquietação

Há tempos venho pensando sobre a sociedade, assim como seus participantes e sua atuação neste cenário e cada vez mais em meus escritos venho me interessado mais sobre seus conceitos, seus contextos, as vivências, as diferenças sejam culturais, raciais, de credo, de gênero, de time de futebol, respeitadas ou não, as leis sejam elas as oficiais e as oficiosas, as cumpridas e as burladas, as regras morais das quais não aceito muito e discordo da maior parte delas, pois acredito assim como Nietzsche diz que somos e devemos ser espíritos livres, as maiorias e as minorias e os conflitos resultantes dessa relação. A relatividade social, pois se analisarmos bem, em tempos em que vivemos a volatilidade das informações, nada se mantém absoluto, tudo se transforma na dialética automática do dia a dia, as teorias e os discursos que ao serem colocados em prática sempre se transformam em outra coisa contrária aquilo que foi dito, enfim cenas dessa novela que não passa no horário nobre e que busco minha inspiração, assim como as mulheres me inspiram a fazer musica, poesia e romance quando estou apaixonado, assim é com a sociedade que exerce sobre mim toda essa atração que é quase física (claro, sou ator dessa novela), e que me aguça os sentidos e me faz observar seus fenômenos (que fique claro que não é só o Ronaldo que é fenômeno … ele é mas no Corinthians...que é meu time de coração diga-se de passagem), me instiga a critica e me leva a escrever, escrever sobre o que penso, sobre o que vejo e absorvo das mensagens transmitidas por esse conglomerado de pessoas e suas respectivas atividades que dão corpo ao que chamamos Sociedade.


A minha inquietude, por outro lado se traduz um tanto pela revolta que me traz as desigualdades, os abusos, a violência, a mentira que faz do povo marionete e os conduz para a enganação, além das tantas obrigações e das poucas devoções que o povo tem, são lembrados os deveres, mas os direitos, esses são esquecidos, assim aquilo que me encanta me traz certa repulsa e certa decepção, mas mesmo com essa relação de amor e ódio ela me impressiona e me seduz, por isso reflito constantemente sobre essas características difusas e confusas, nessa controversa e contraditória vida que vivemos agrupados e que compomos a harmonia desarmônica de sua batida, e sob as diversas óticas que a admiram, para uns um organismo, no qual nós somos parte de seus órgãos, para outros uma estrutura, na qual somos parte de sua pirâmide, obviamente a maioria na base e ainda há outros que dizem ser uma instituição divina (por se assemelhar a Sagrada Família), embora cada um tenha sua interpretação eu já acredito que ela é um mix de tudo, algo indefinível, dado a sua mensuração global, e a sua existência desde os primórdios da humanidade e que através das interações do passado evoluímos, e evoluímos tanto em milhares de anos, tal evolução que entendo ser o beneficio dado através dos tempos, beneficio esse que fazemos por nós mesmos e por nossos próximos dentro de nossas areas de atuação a fim de progredirmos e chegar ao patamar em que nos encontramos.

Assim, acredito que, temos todos de nos interessar sobre o nosso contexto, pois é em sociedade que vivemos e é nela em que tudo acontece, não há como se dissociar dela, pois como já dito somos os sustentáculos dela e apesar de tudo, mesmo com as diferenças, sejam elas sócio-economicas e culturais interdependemos um do outro dentro da rede de concepções e enfrentamentos do cotidiano é que estreitamos laços, pois é o que nos difere, nos identifica caracteriza e qualifica como diferentes em relação aos demais animais existentes na face da Terra, sendo exclusivos cada qual com suas habilidades e competências que convergem em prol da evolução da humanidade.

Vemos dessa forma a importância que este complexo e instigante sistema que nos acolhe desde o dia em que nascemos, que estabelecemos nossas relaçoes que regem a sua sustentação, assim como nossa existência e nossas constantes mudanças são fundamentais para sua manutenção, assim devemos fomentar idéias, trazer a tona novos ideais sejam eles utópicos ou não (e eu adoro uma utopia), para que possamos ter cada vez mais harmoniosa a convivência individuo/individuo, individuo/coletivo, coletivo/coletivo, pois afinal de contas somos todos 1 ligados por este laço maior chamado raça humana.

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