15 de mai. de 2011

Sobre super heróis e o mundo moderno: uma reflexão sobre o patriotismo

Estava estes dias assistindo à TV e passei a recordar das minhas manhãs da infância, quando eu assistia os seriados e desenhos animados seculares do Batman, Homem Aranha, Super Homem, Liga da Justiça, X-Men, enfim todos os super heróis criados há milênios atrás e que fazem parte da infância e do imáginário infantil desde os idos de 1929 com o "crack" da bolsa de Nova York, até o fim da II Grande Guerra Mundial em 1945, foram os anos em que estes personagens quase reais e seus super poderes auxiliavam na motivação para a recriação e reconstrução de toda uma identidade, seja ela cultural, financeira, e tecnológica dos paises do hemisfério norte, mais especificamente dos Estados Unidos da América que a época estavam passando pelos fortes impactos que a crise e a guerra os acometeu, necessitando de algo para abstrai-los da dura realidade e reverter a situação opressora criada pela crise.

Passados 66 anos do pós guerra vemos que a missão destes super heróis com seus poderes surreais foi cumprida, temos o retrato de um país no qual o seu cidadão é patriota e que o mesmo ocupa posição de destaque no cenário mundial, sendo uma hegemonia mundial, que é referencia apesar de muitas falhas que existem em ciência, tecnologia, economia, no mundo inteiro, que é regido pela cotação do dólar, e influenciado pelo comportamento das bolsas de Nova York e Nasdaq, além de consumirmos as marcas, produtos e cultura americana, vinculados as grandes obras cinematográficas e de TV que passam todos os dias no mundo inteiro, tanto que hoje os vovôs heróis verdadeiros mitos do Olimpo do Atlântico, estão voltando a ativa, para voltar na era da Guerra ao Terror, para reavivar nas telas de cinema o patriotismo na juventude americana.

Este texto é longe de ser uma critica ao modo de vida americano, mas sim de falar que a sua maneira eles conseguiram criar não só uma identidade nacional unida (dando sentido ao nome Estados UNIDOS da America) como uma identidade internacional expandindo seu território para além das fronteiras geográficas, criando fronteiras apenas virtuais, uma vez que estão presentes no mundo inteiro, assim como, conseguiram reverter as inumeras crises que os abateram no ultimo século, e incentivar a população crescer e evoluir, reorganizando a casa e criando novas alternativas e oportunidades que levam os EUA serem o topo do mundo nas noticias que correrm os veiculos de comunicação.

Assim como deixa de ser um texto baba ovo da cultura americana, mas sim um puxão de orelha ao povo brasileiro que se limita seu patriotismo em poucos momentos da vida aos 18 anos, época do alistamento militar obrigatório, de 4 em 4 anos época das copas e das eleições, onde tem a oportunidade de expressar sua identidade e voz politica e preferem seguir os ditames coronelistas do cenário politico profissional brasileiro, dessa forma, passo a fantasiar e viajar um pouco na imaginação pensando que se talvez nossos heróis folclóricos, fossem "competentes" e dispostos, alem de terem uma excessiva motivação e força de vontade, falassem inglês (uma exigência do mercado de trabalho atual... risos) e fossem dotados de musculos e alta tecnologia, ao contrario de serem franzinos, malandros e que querem levar vantagem em tudo (as vezes levo a crer que foram eles que inspiraram o Gerson com sua lei) quem dera se Macuinaima, Saci, Curupira, Cuca, Manuelzão Miguilim dentre tantos heróis da vasta literatura brasileira tivessem um terço da influência que tem seus colegas gringos já citados acima, o povo brasileiro que tem uma fibra nata apesar de seu heróis folclóricos não apresentarem traços de semelhança e identidade com seu povo, diferentemente com os deuses do Olimpo Yankee, estaríamos anos luz a frente dos americanos, sendo mil vezes mais desenvolvidos, não desmerecendo o atual esforço desenvolvimentista do país, muito menos fazendo uma análise pessimista para o futuro, muito pelo contrário, venho excitar o patriotismo brasileiro, e , pedir que possamos não imitar o exemplo americano, mas criar um modelo ainda melhor com a cara do Brasil, já galgamos grandes passos, muitos deles que deveriam ser dados no passado, conseguimos grandes feitos nos ultimos anos, refazendo um novo 50 em 5, porém podemos dizer que fizemos 40 em 8 para mudar certos déficits, e pode-se dizer que com mais qualidade e aproveitamento, sem precisar de subterfugios heróicos das paginas de revista ou das telas de TV, mesmo porque temos sim muitos heróis, estes não da ficcão mas sim históricos e de carne e osso dos quais podemos citar Tiradentes (o alferes da Liberdade ainda que tardia), José de Bonifacio de Andrada e Silva (o dinamo propulsor da Independencia) e o Marechal Deodoro da Fonseca ( o patrono da Proclamação da Republica), dentre outros tantos que fizeram de seu ideal, um ideal maior de termos um país cada vez maior e que estamos pouco a pouco construindo.

Concluindo deixo aqui um pedido que é um dever, devemos amar e lutar para fazer com que o nosso país ocupe cada vez mais lugar no espaço e é na nossa atividade social do dia a dia que faremos isso, sem auxilio de amigos imaginários, nos apoiando um no outro e lutando para conseguirmos nosso lugar de destaque, que afinal de contas é nosso por merecimento e direito sair de subjulgado para o topo do mundo discutindo em pé de igualdade as questões de pertinência Global e tenhamos ainda mais orgulho de sermos brasileiros e não desistirmos nunca!

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